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Segunda ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
16/09/2008
Estabelecida em reunião da Assembleia Municipal, em 27/11/2009
Publicada
no Diário da República n.º 154, 2.ª Série, Parte H de
10/08/2022
Registado na Direcção
Geral de Autarquias Locais, com o n.º (Desconhecido ou ainda não
registado)

Bandeira - Gironada de oito peças de branco e púrpura, cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro.
Primeira ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer
da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses
de 20/03/1935
Estabelecida pela Comissão Administrativa Municipal em
10/04/1935
Aprovado pelo Ministro do Interior em 21/09/1935
Portaria
n.º 8231, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 220, 1.ª Série de
21/09/1935

Bandeira - Esquartelada de branco e de púrpura. Cordões e borlas de prata e púrpura. Lança e haste douradas.

Bandeira (2x3) Estandarte (1X1)
Transcrição do parecer
Parecer
apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 20
de Março de 1935.
Por ofício de 7 de Fevereiro do ano corrente de 1935, manifesta a
Câmara Municipal de Loulé o desejo de que se formule um parecer
sobre as armas, bandeira e selo respectivos.
Num códice com o n.º 498 da Biblioteca Pública Municipal do Porto
que deve ter sido feito entre 1652 e 1668, reinado de D. Afonso VI,
estão desenhadas as armas de Loulé, com uma descrição que
corresponde ao desenho.
Essa descrição é nos seguintes termos:
– Loulé tem por armas um loureiro verde junto a um chafariz de oito
ameias que por dois canos ou bicas está lançando água.
É curioso porém que os escritores antigos que se dedicaram à
heráldica de domínio, dizem que no largo do convento das freiras
havia um chafariz, onde estavam as Armas de Portugal e ao lado as
da vila constituídas por um loureiro verde sobre um castelo. No
mesmo chafariz indicava-se a existência de uma inscrição que dizia:
era de 1440 (1402) foi feita esta obra.
Portanto, de longa data há conhecimento de que Loulé tem por Armas
um loureiro rematando um castelo, como há conhecimento de que Loulé
é uma Vila muito importante e cabeça do maior concelho Algarvio,
tendo vasta agricultura e várias indústrias.
O facto de aparecer uma árvore, símbolo de força e do poder, e para
mais um loureiro, símbolo da glória, sobre um castelo, deve querer
assinalar que esse castelo resistiu fortemente a algum cerco
tremendo ou, então, que ali estava a chefia de um poderoso exército
de guerreiros.
Tudo isso ali pode ter acontecido, pois o Algarve foi durante
muitos séculos um grande centro de guerras e teatro de
extraordinários actos de bravura.
Não temos que ir além do que há muito está estabelecido. Loulé está
simbolizado pelo castelo rematado por um loureiro.
Desde o século XIII que Loulé pertence à Ordem de Santiago, sendo
portanto muito apreciável que a cruz respectiva carregue o castelo,
marcando assim que está incluído na heróica história da mesma
Ordem.
Ainda, atendendo a que o Algarve constituía um reino anexado ao
reino de Portugal, tendo cada um destes reinos as suas armas
próprias, será interessante que todas as Cidades e Vilas do Algarve
tenham referência às Armas do antigo reino a que pertenceram.
É um dos fins da heráldica, recordar o passado histórico.
Por esta razão, quase todas as cidades e vilas do Algarve adoptaram
já elementos da história antiga que eram constituídos por cabeças
de reis Cristãos e reis Mouros.
Nesta conformidade, propomos que as armas da Vila de Loulé tenham a
seguinte ordenação:
ARMAS – de negro, com um castelo de prata aberto e iluminado de
púrpura. A torre central carregada de uma cruz de Santiago de
vermelho e rematada por um loureiro de verde frutado de ouro. As
torres laterais encimadas por uma cabeça de Rei Cristão e por uma
cabeça de Rei Mouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel
branco com os dizeres “Vila de Loulé“ de negro.
BANDEIRA – Esquartelada de branco e púrpura. Cordões e borlas de
prata e de púrpura. Lança e haste douradas.
SELO – Circular, tendo ao centro as peças das Armas sem indicação
dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres
“Câmara Municipal de Loulé“.
A bandeira quando destinada a cerimónias e a cortejos, tem um metro
quadrado e é bordada em seda. Como a peça principal das Armas é o
castelo que é de prata e de púrpura, a bandeira é branca (que
corresponde à prata) e de púrpura.
O negro do campo simboliza heraldicamente a terra e significa
firmeza e honestidade.
A prata do castelo denota humildade e riqueza.
A púrpura do aberto e iluminado, indica grandeza e nobreza
heróica.
O vermelho da cruz de Santiago, indica vitórias e guerras.
O loureiro é de sua cor, o verde, esmalte que heraldicamente
significa esperança e fé.
O ouro do frutado significa fidelidade, constância e poder.
A cabeça do Rei Cristão é de carnação branca e coroada de ouro. A
do Rei Mouro é de carnação negra e de turbante de prata.
A coroa mural de quatro torres é a que está determinada para
simbolizar as Vilas.
E assim, a história e a índole dos naturais de Loulé, fica
simbolicamente representada.
Se a Câmara Municipal de Loulé concordar com este parecer, deverá
transcrever na respectiva acta a descrição completa das armas,
bandeira e selo, enviando cópia autenticada dessa acta, com
desenhos rigorosos da bandeira e selo, ao Sr. Governador Civil,
pedindo-lhe para remeter tudo à Direcção Geral de Administração
Politica e Civil do Ministério do Interior para, no caso do Sr.
Ministro aprovar, ser publicada a devida portaria.
Lisboa, Março de 1935.
Affonso de Dornellas.
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: PINTO, Segismundo, «Os Símbolos Heráldicos de Loulé», in
Cadernos Barão de Arêde, N.º 4, Centro de Estudos de
Genealogia e Heráldica Barão de Arêde Coelho, Abril-Junho 2015, pp.
224-242.
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Actualizada/Updated
21-02-2023

