Município de São João da Madeira |
• Distrito de
Aveiro • Distrito de Beja • Distrito
de Braga • Distrito de Bragança • Distrito
de Castelo Branco • •
Distrito de Coimbra • Distrito
de Évora • Distrito de Faro • Distrito
da Guarda • Distrito de Leiria •
Distrito de Lisboa • • Distrito
de Portalegre • Distrito do Porto • Distrito
de Santarém • Distrito de Setúbal •
Distrito de Viana do Castelo • • Distrito
de Vila Real • Distrito de Viseu • Região
Autónoma dos Açores •
Região Autónoma da Madeira •
Concelho criado pelo
Decreto n.º 12456 de 11/10/1926,
desanexado do concelho de Oliveira de
Azeméis
Área - 8,11 Km2
Feriado Municipal -
11 de Outubro
Freguesias
• São
João da Madeira •
Elevação da sede do município à categoria de cidade pela Lei n.º
13/84 de 28/06/1984
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Ainda não
foi publicada no Diário da República, conforme o
Capitulo 1, Artigo 4º,
2 e 3 , da Lei n.º 53/91 de 7 de Agosto, estando assim a legalização incompleta.
Armas -
Escudo partido em pala, sobrepondo-se-lhe uma barra de negro;
esmaltado de prata, à direita, em que sobressai o perfil de uma fábrica,
a vermelho vivo; à esquerda, esmaltado de verde, com um feixe erguido de
parras de trigo dourado; na barra negra sobressai a palavra " LABOR
", a letras de ouro. Coroa
mural de cinco torres de prata. Listel branco, com dizeres a negro: "
CIDADE DE S. JOÃO DA MADEIRA ". |

Bandeira -
Gironada
de oito peças de negro e branco,
cordões e borlas de prata e negro. Haste e
lança
de ouro.

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Oitava ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 09/01/1995
Armas -
De prata, dois ramos de três de espigas de verde,
passados em aspa e atados vermelho, entre quatro rodas
dentadas de negro, uma em chefe, duas em faixa e uma em
ponta. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel
branco com a legenda a negro: "S.
João da Madeira". |

Bandeira
- Gironada de branco e negro. Cordão borlas de prata e negro. Haste e
lança de ouro.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Transcrição do parecer
Lisboa, 1 de Março de 1995
Câmara Municipal
de S. João da Madeira
3700 S. João da Madeira
Exmos. Senhores.
Recebemos a carta de V. Ex.ªs de 16 de
Dezembro de 1994, com a proposta para os símbolos heráldicos
do Município de S. João da Madeira.
Na impossibilidade de se fazer figurar os
dois ramos de espigas de ouro em fundo de prata, vimos
sugerir que os ramos de espigas sejam de verde, atados de
vermelho.
Logo que obtida a concordância de V.
Ex.ªs,
será emitido o Parecer desta Comissão, nos termos da
legislação em vigor.
Com os melhores cumprimentos,
O Secretário da Comissão de Heráldica
(a) José Bènard Guedes
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses. |
Sétima ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 21/03/1994
Armas -
De prata, com um feixe de espigas de verde realçadas
de ouro e em orla oito rodas dentadas de vermelho. Coroa
mural de prata de cinco torres. Listel branco com a
legenda a negro: "S.
João da Madeira" ou "São
João da Madeira".
OU
Armas -
De prata, com um feixe de espigas de verde realçadas
de ouro e em orla oito rodas dentadas de negro. Coroa
mural de prata de cinco torres. Listel branco com a
legenda a negro: "S.
João da Madeira" ou "São
João da Madeira". |

Bandeira
- Gironada de branco e azul. Cordão borlas de prata e azul. Haste e lança
de ouro.
OU
Bandeira
- Gironada de branco e negro. Cordão borlas de prata e negro. Haste e
lança de ouro.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
OU

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Transcrição do parecer
Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira
3700 S. João da Madeira.
Exmo. Senhor,
Temos o prazer nos referir à carta de V. Ex.ª n.º 3639, de 20
de Julho de 1993, sobre o brasão do Município de S. João da
Madeira.
Nesta altura importa fazer o ponto da situação.
A Associação dos Arqueólogos Portugueses, fundada em 1863,
funciona com Comissões, uma das quais é a Comissão de
Heráldica.
Desde o início das suas actividades não houve solução de
continuidade e sempre se prestou a emitir pareceres sobre a
heráldica autárquica portuguesa e não só.
A partir de 1921, várias foram as Câmaras Municipais que
pediram o Parecer sobre os seus símbolos heráldicos, ao que
a Comissão de Heráldica sempre aquiesceu.
Em 14 de Abril de 1930, um despacho do Ministro do Interior,
não publicado em Diário de Governo mas circulado a todos os
Governadores de Distrito de Portugal continental e ilhas
adjacentes, lançou as normas a que deveriam obedecer os
ordenamentos heráldicos das autarquias de então: Câmaras
Municipais e algumas freguesias.
O ordenamento das armas era publicado na 1.ª Série do Diário
de Governo em portaria numerada. Mais tarde passou para a 2.ª Série, em portaria só datada. Com o advento do Diário da
República voltou à 1.ª Série, em portaria numerada. Após a
entrada em vigor da Lei n.º 53/91, de 7 de Agosto, a
publicação passou para a 3.ª Série, por aviso ou edital,
essencialmente para feitos de oponibilidade e cumprimento de
demais legislação.
Desde 1930 que o ordenamento heráldico tem obrigatoriamente
o Parecer prévio da Comissão de Heráldica, o que se nomeia
no despacho de 1930, nos Códigos Administrativos de 1936 e
40, no Decreto-Lei n.º 100/84, na Lei n.º 18/91, na Lei n.º
35/91 e na Lei n.º 53/91. Quanto a isto não há dúvidas,
nenhuma Câmara Municipal pode usar de símbolos heráldicos
próprios sem os ter aprovados e registados.
Decorre da letra e do espírito da lei e bem assim da
actuação da Comissão de Heráldica, que as autarquias usam
como símbolos heráldicos o que muito bem entenderem, desde
que esteja em termos heráldicos.
Pelo historial se verifica que, para uma Câmara foi emitido
mais do que um Parecer, ou que para outra Câmara foi
publicada mais do que uma portaria. Donde se conclui que
tanto o Ministério da tutela como a Comissão de Heráldica
satisfizeram os desejos e anseios dos impetrantes. Tudo
dentro duma heráldica disciplinada e correcta.
No ano de 1926, antes da obrigatoriedade de audição da
Comissão de Heráldica, chegaram à Comissão duas cartas: a
primeira, da Junta de Freguesia de S. João da Madeira, de
3.2.1926; a segunda, da Câmara Municipal de S. João da
Madeira, de 28.10.1926.
Ambas pediam o estudo do brasão para a nóvel vila. O estudo
foi feito e emitido o Parecer aprovado em sessão de
19.1.1927, cujo original foi enviado à Câmara Municipal de
S. João da Madeira.
Seguiu-se troca de numerosa correspondência. Em face do que
se diz nas cartas n. P. 43, de 25.4.1940, n.º 1449 Pº D-2/1,
de 13.6.1966 e n.º 1553 Pº D-2/1, de 27.6.1966 (juntamos
fotocópias) foi emitido o Parecer (remodelando o de Agosto
de 1940) aprovado em sessão de 28.6.1966. Posteriormente foi
emitido o Parecer aprovado em sessão de 28.10.1967.
Recentemente, com data de 20.7.1993, enviou a Câmara o
ofício n.º 3639, que capeava o envio de dois projectos de
brasão. Menciona-se a Lei n.º 18/91, de 12.6, que foi
superada pela Lei n.º 35/91, de 27.7, é lapso não impeditivo
da análise da questão.
Os dois projectos enviados não são susceptíveis de serem
aprovados, à luz, nomeadamente, dos artigos 9º, 10º e 21º da
Lei n.º 53/91, de 7.8.
Depois de prolongado estudo, adoptou a Comissão um Parecer,
que propomos como documento de trabalho base, para se chegar
a uma conclusão. Mais uma vez, num espírito conciliativo.
O escudo será: de prata, com um feixe de espigas de verde
realçadas
de ouro e em orla oito rodas dentadas de vermelho.
Já no passado se explicou que, em heráldica, a indústria é
representada por uma ou mais rodas dentadas. Atendendo ao
ponto de vista da Câmara, será o brasão português com mais
rodas dentadas, portanto o que ostenta a simbologia de mais
indústria e mais trabalho.
A coroa mural será de cinco torres, como compete a cidade.
A bandeira será gironada de oito peças, de branco e
vermelho.
Conhecemos as cores da bandeira actual de S. João da
Madeira: de branco e negro. Quererá a Câmara mudar as cores
da bandeira?
Se quiser manter o gironado de branco e negro ter-se-á de
incluir uma peça ou figura de negro no estudo, por exemplo
as rodas dentadas que, de vermelho, passarão a negro. É
regra heráldica.
No listel constará uma de duas hipóteses: "São João da
Madeira” ou "S. João da Madeira". A inclusão da palavra
“cidade” é redundante, visto a categoria estar definida pela
coroa mural e pela bandeira, segundo a alínea c) do artigo
13º e n.º 5 do artigo 16º, da Lei n.º 53/91. A inclusão da
palavra "laboriosa" não é pertinente. Sê-lo-ia se fosse
título concedido por fonte de poder competente, tal como os
títulos da cidade do Porto, por exemplo, em que os títulos
de "invicta", "antiga", "mui nobre", "sempre leal", foram
concedidos atempadamente por quem para isso tinha
competência.
Em alternativa, poder-se-ia considerar a ordenação do
Parecer de 28.10.1967: escudo de negro, com duas paveias de
trigo de ouro passadas em aspa e atadas com torçal verde,
acompanhadas de rodas dentadas de prata, uma em chefe, uma à
dextra, uma à sinistra e uma em ponta. Juntamos fotocópia de
desenho da época, com bandeira de vermelho, lisa, como
competiria à então Vila de S. João da Madeira.
Cremos ter formado bases de trabalho. Com uma certeza: o
Município de S. João da Madeira usará e ostentará os
símbolos heráldicos do que deseja, desde que esses símbolos
obedeçam às regras estabelecidas pela Lei n.º 53/91, que
trata somente de símbolos heráldicos.
Ficamos a aguardar as notícias de V. Ex.ª.
Com os melhores cumprimentos,
O Secretário da Comissão de Heráldica
(a)
José Bènard Guedes
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses. |
Sexta ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 31/03/1984
Armas -
De prata, roda dentada de negro, acompanhada de duas
chaminés de fábrica, de vermelho lavradas de ouro. Em
chefe e em ponta, uma faixeta ondada de azul. Coroa
mural de cinco torres de prata. Listel branco com as
letras a negro S. JOÃO DA MADEIRA. |

Bandeira
- Gironada de branco e azul. Cordão borlas de prata e azul. Haste e lança
de ouro.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Transcrição do parecer
As armas que usam são anti-heráldicas.
A heráldica concelhia não admite partição do escudo.
A heráldica concelhia não admite palavras dentro do escudo.
Parece que o concelho de S. João da Madeira representa hoje
muito pouco no campo agrícola.
É uma vila que está na divisória das ribeira de Ul e da
ribeira de Fundões.
Sugerimos as seguintes armas:
Armas – De prata, roda dentada de negro, acompanhada de duas
chaminés de fábrica, de vermelho lavradas de ouro. Em chefe
e em ponta, uma faixeta ondada de azul. Coroa mural de cinco
torres de prata. Listel branco com as letras a negro S. JOÃO
DA MADEIRA.
Bandeira – Gironada de branco e azul. Cordão e borlas de
prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo (na forma habitual) CÂMARA MUNICIPAL DE S. JOÃO DA
MADEIRA
Significado:
Faixetas ondadas – Entre duas ribeiras
Roda dentada e chaminés – Indústria
Cremos que S. João da Madeira foi elevada a cidade há cerca
de um mês, portanto:
Coroa de cinco torres
bandeira Gironada.
Aprovados em sessão da comissão de heráldica de 31/3/984
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses. |
Quinta ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica e Genealogia da Associação dos
Arqueólogos Portugueses de 28/10/1967
Armas -
De negro, duas, paveias de trigo de oiro passadas em
aspa e atadas com um torçal verde, acompanhadas de uma
roda dentada de prata, em chefe, de uma, em ponta, de
uma, à dextra e de uma, à sinistra. |

Baseado no desenho original de João
Paulo de Abreu Lima
Bandeira
- Vermelha. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança
douradas.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Transcrição do parecer
Parecer apresentado à Comissão de Heráldica e Genealogia da
Associação dos Arqueólogos Portugueses pelo seu Presidente,
Marquês de São Payo e aprovado em sessão de 28 de Outubro de
1967.
O Rev. Padre Dr. Serafim Leite, S. J. é um historiador
eminente que se especializou na história da Companhia de
Jesus no Brasil.
Não consta, porém, que jamais de heráldica se ocupasse, pelo
que heraldista não pode ser considerado, nem certamente Sua
Reverência tal pretenderá.
O brasão de armas que a Câmara municipal de S. João da
Madeira pretende vai inteiramente de encontro a toda e
qualquer Heráldica antiga ou mesmo moderna.
A inclusão de letras nos brasões não é rejeitada pela
heráldica, pois além do exemplo aduzido no ofício de 7 de
Setembro de 1966, outros se poderiam aduzir. O que é de
rejeitar inteiramente é a inclusão da palavra “Labor“ em
chefe, do que se não pode aduzir exemplo algum constitui uma
clamante heresia estética.
A inclusão de uma fábrica não tem precedentes na heráldica
portuguesa ou estrangeira e é outro horror sob o ponto de
vista artístico. Acresce que os brasões de armas municipais
não devem admitir partições nos escudos. sempre indicativos,
em boa Heráldica, de aliança de armas diferentes, de
famílias diferentes.
Está consagrado, em Heráldica, que a indústria deverá ser
representada por uma roda dentada.
A Comissão de Heráldica o Genealogia da Associação dos
Arqueólogos Portugueses não pode pois, pelas razões
apontadas, deixar de manter o seu parecer de 28 de Junho de
1966. Poderá, quando muito, e num espírito conciliativo,
modificá-lo como segue:
ARMAS - De negro, duas paveias de trigo de oiro passadas em
aspa e atadas com um torçal verde, acompanhadas de uma roda
dentada de prata, em chefe, de uma, em ponta, de uma, à
dextra e de uma, à sinistra.
Bandeira – De vermelho. Cordões e borlas prata e vermelho.
Haste e lança douradas.
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses. |
Quarta ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica e Genealogia da Associação dos
Arqueólogos Portugueses de 28/06/1966
Armas -
De prata, com uma roda dentada de vermelho
acompanhada por dois ramos de louro sustidos, folhados e
frutados de verde, atados em ponta de vermelho. Coroa
mural de prata de quatro torres. Listel branco com os
dizeres “S. JOÃO DA MADEIRA” de negro. |

Bandeira
- Vermelha. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança
douradas.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Transcrição do parecer
Parecer apresentado à Comissão de Heráldica e Genealogia da
Associação dos Arqueólogos Portugueses por Affonso de
Dornellas, aprovado em sessão de Agosto de 1940 e remodelado
em sessão de 28 de Junho de 1966.
A Associação dos Arqueólogos Portugueses já em Janeiro de
1927, por intermédio da sua Secção de Heráldica. estudou a
simbologia de S. João da Madeira que então era uma freguesia
há pouco elevada a vila e que agora constitui um dos
concelhos laboriosos de Portugal.
A iniciativa dos seus naturais tem sido tão activa que em
pouco tempo conseguiram elevar uma povoação que vivia apenas
dos seus meios agrícolas a um centro industrial que honra
Portugal e que tem grande valor na economia do País.
Deseja a Câmara Municipal de S. João da Madeira que essa
enérgica acção seja heraldicamente simbolizada por forma que
nas suas armas esteja o emblema claro do seu movimento
industrial. Nessa conformidade parece-nos que a ordenação
das armas, bandeira e selo de S. João da Madeira deve ser a
seguinte:
ARMAS
- De prata, com uma roda dentada de vermelho acompanhada por
dois ramos de louro sustidos, folhados e frutados de verde,
atados em ponta de vermelho. Coroa mural de prata de quatro
torres. Listel branco com os dizeres “S. JOÃO DA MADEIRA” de
negro.
BANDEIRA - Vermelha. Cordões e borlas de prata e de
vermelho. Haste e lança douradas.
SELO - Circular tendo ao centro as peças das armas sem
indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos
concêntricos, os dizeres: "Câmara Municipal de S. João da
Madeira".
A
indústria, principal riqueza local, é representada por uma
roda dentada de vermelho, esmalte principal da heráldica e
que significa força, energia, actividade, trabalho, etc.
A iniciativa dos naturais e habitantes de S. João da Madeira
é representada pelos ramos de louro de verde, esmalte que na
heráldica significa fé e esperança.
O campo das armas é de prata, metal que representa a
humildade e a riqueza.
A bandeira é de vermelho por ser deste esmalte a peça
principal das armas e pelo significado que tem a
contribuição de S. João da Madeira para a economia nacional.
Quando destinada a cortejos ou cerimónias, a bandeira tem a
área de um metro quadrado e é de seda e bordada. Quando é
para arvorar, tem as dimensões julgadas necessárias, é de
filel e pode dispensar a representação das armas.
Se a Câmara Municipal de S. João da Madeira concordar com
este parecer, deverá transcrever na acta a descrição das
armas, bandeira e selo tal como acima se descrevem para
enviar ao Senhor Governador Civil uma cópia autenticada
dessa acta, acompanhada dos desenhos rigorosos da bandeira e
do selo, pedindo-lhe que remeta esses elementos á
Direcção-Geral de Administração Política e Civil do
Ministério do Interior para, no caso do Senhor Ministro
concordar, ser publicada a respectiva portaria no "Diário do
Governo".
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses. |
Terceira ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de ??/08/1940
Armas -
Desconhece-se a descrição deste brasão e bandeira por
falta de documentação. Apenas existe uma referência de
que foi aprovado em data acima. |


Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Segunda ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de ??/??/1930?
Armas -
De negro com um pinheiro de verde arrancado de prata,
em chefe um galero de prata. Coroa mural de prata
de quatro torres. Listel branco com os dizeres a negro:
"VILA DE SÃO JOÃO DA MADEIRA". |

Baseado no desenho original de
António Lima
Bandeira
- Esquartelada de verde e branco.
Cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança douradas.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Primeira ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 19/01/1927
Armas -
De negro com um pinheiro de verde arrancado e frutado
d'ouro, acompanhado de dois molhos do trigo do mesmo
metal atados de vermelho. Coroa mural de prata de quatro
torres por ser vila. |

Baseado no desenho original de João Ricardo Silva
Bandeira
- Verde por verde ser a principal peça das armas. Acompanhando o pé do
escudo," uma fita branca com os dizeres " VILLA DE S. JOÃO DA MADEIRA " a letras
vermelhas.
|

Bandeira
para hastear (2x3) Estandarte (1m x 1m)
Transcrição do parecer
Parecer apresentado e aprovado em Sessão de 19 de Janeiro de
1927 da Secção de heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses.
A importante Vila Industrial de S. João da Madeira,
desejando organizar o seu selo e portanto as suas armas,
dirigiu por intermédio da sua Junta de Freguesia e depois
por intermédio da sua. Câmara Municipal a Associação dos
Arqueólogos Portugueses, os seguintes ofícios.
- Exmo. Sr. Presidente da Associação doa Arqueólogos
Portugueses.
Lisboa, Havendo a Junta da minha presidência resolvido, para
os fins conhecidos, adoptar brasão de armas e estandarte,
tenho a honra de me dirigir a V. Ex.ª, nesse sentido,
esperando que V. Ex.ª, se dignará, logo que lhe seja
possível, ordenar o respectivo estudo.
S. João da Madeira a mais importante freguesia do Concelho
de Oliveira de Azeméis e foi, por lei recente, elevada a
categoria de Vila.
A sua principal actividade manifesta-se na indústria de
chapelaria, que é secular nesta terra e onde se localizou o
maior centro fabril de chapéus de todo o país. Monumentos
não os há, e casas fidalgas não se conhecem. Pinho Leal, no
seu "Portugal antigo e Moderno", fez uma descrição larga de
S. João da Madeira, mas, sobre as verdadeiras origens,
parece pouco ter adiantado. O Sr. Dr. Bento Carqueja
refere-se a esta localidade no seu livro " Notas sobre o
município de Oliveira de Azeméis “, Se V. Ex.ª soubesse de
pessoa amiga de investigações desta natureza, que quisesse
escrever uma monografia a respeito de S, João da Madeira,
creio que a Junta a que presido custearia.
Junta da Freguesia de S. João da Madeira, em 3 de Fevereiro
de 1926.
O Presidente, (a) António Henriques.
- A secção de Heráldica nomeou-me relator do parecer a
formular sobre este pedido, portanto começarei por dizer o
que se me oferece sobre o ofício acima transcrito.
Procurei por todas as formas colher elementos. para
satisfazer os desejos expostos, conseguindo apenas saber que
a indústria dos chapéus em S. João da Madeira data de meados
do século XIX e que actualmente acidental pois não por
qualquer circunstância local que esta indústria ali se
implantou. Os necessários componentes para a. construção dos
chapéus são importados.
Sobre o que está escrito em referência à origem, história e
desenvolvimento de tão importante Vila, pouco é, sendo
portanto indispensável que se organize uma monografia,
devendo ser condição especial para o autor, ou viver ou ser
natural da Vila ou enfim do Concelho, e conhecer os arquivos
do Concelho e da Comarca que tem sido de Oliveira de
Azeméis, enfim, pessoa que possa com conhecimento próprio
organizar um estudo que ponha em relevo todos os factos que
demonstrem os valores próprios visto que não há história
ligada a factos de vulto e gerais, que possam facilmente
dar-mos conhecimento do que tem sido a vida de S. João da
Madeira desde os primeiros séculos da nacionalidade.
Vejamos o segundo ofício:
- Câmara Municipal de S. João da Madeira. n.º. 16. - Exmo.
Sr. Presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses. -
Lisboa, Desejando esta Câmara Municipal adoptar brasão de
armas, para os seus impressos, estandarte e outros fins, a
muito obrigaria V. Ex.ª a Comissão Administrativa da minha
presidência se se dignasse promover o rápido estudo desse
brasão. Sei que a Junta de Freguesia desta vila oficiou a
V. Ex.ª
a este respeito, há já bastantes meses, o brasão de armas de João Martins Madeira
que, segundo Pinho Leal, no seu “Portugal antigo e moderno
“, foi o fundador da povoação hoje sede de concelho. Creia
V. Ex.ª que lhe ficaria muito grato pela resolução do
assunto em apreço. Aproveito o ensejo para apresentar a V.
Ex.ª os protestos da mais distinta consideração desta
Comissão Administrativa, com os melhores votos de Saúde e
Fraternidade. Câmara Municipal de S. João da Madeira, em 28
de Outubro de 1926. O presidente da Comissão Administrativa,
(a) Benjamim Araújo.
Com referência a adoptar as armas dos Madeiras que por acaso
também são as dos Medeiros, de forma alguma aconselho tal,
por não haver o menor argumento com base; primeiro, que nos
convença que João Martins Madeira teve qualquer
interferência na vida de S. João da Madeira, ou mesmo que
tivesse usado as armas que usaram os Madeiras e até os
Medeiros; segundo, porque de forma alguma concordaríamos
para que umas armas de família passassem a ser armas de
domínio.
Pinho Leal no seu “Portugal antigo e Moderno “, Volume V -
1875, e Villas Boas e Sampayo na sua “ Nobiliarchia
Portugueza “ 1727, não afirmam que João Martins Madeira
tivesse o seu solar em S. João da Madeira, é apenas
uma probabilidade, como poderiam dizer exactamente o mesmo
se em vez de se referirem a S. João da Madeira se referissem
a Madeira do Concelho de Oleiros, ou a Madeiras
do Concelho de Alcoutim, ou ainda a Medeiros nas freguesias
da Chã, de Silves ou de Valadares. É muito usual aparecerem
destes exemplos de quererem ligar por parecenças, casos que
não tem a menor relação de intimidade.
Por as armas destas duas famílias serem, exactamente as
mesmas parece-me que foi a Família Madeira que adoptou as
armas dos Medeiros pois encontro cartas d'armas com o brasão
dos Medeiros na primeira metade XVI e só encontro o mesmo
brasão como sendo de Medeiros no seu “ Catalogo das armas de
Nobreza ", com que termina esta obra não inclui a Família
Madeira, incluindo porém a Família Medeiros.
Enfim seja como for, entendo que na composição das Armas da
vila de S. João da Madeira, não devem então entrar as
cabeças d'águias das armas das Famílias Medeiros e Madeira.
Representam nestas armas a principal indústria local que é
a dos chapéus, parece-me também difícil, salvo se
houvesse qualquer ferramenta manual característica da
primitiva indústria de chapelaria, ferramenta, que já hoje
seja considerada peça de museu, então considerando-se nova
peça heráldica, poderíamos fazê-la figurar no selo de S.
João da. Madeira.
Esta importante Vila tem gado bovino, géneros agrícolas,
madeiras, lenhas, manteigas etc. etc. em tão grande
abundância, que exportam e naturalmente ainda exporta em
grande quantidade, parecendo-nos portanto que estes
elementos de riqueza e de vida, que devemos ir buscar a
composição do seu selo e portanto das suas armas.
E então proponho que armas e estandarte sejam assim
organizados:
De negro com um pinheiro de verde arrancado e frutado d'ouro,
acompanhado de dois molhos do trigo do mesmo metal atados de
vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres por ser
Vila.
Bandeira verde por verde ser a principal peça das armas.
Acompanhando o pé do escudo," uma fita branca com os dizeres
" Vila de S. João da Madeira " a letras vermelhas.
Proponho que o campo seja de negro, porque esta cor em
heráldica representa a terra e significa firmeza,
honestidade e cortesia.
A Vila de S. João da Madeira foi com o próprio esforço que
se fez, a própria terra que deve a maioria da sua
riqueza. Proponho que um pinheiro, representando a madeira
que deu o nome à terra seja arrancado de ouro,
representam a riqueza agrícola em toda. a sua abundância e
até em abundância excessiva visto que chega para que
produtos agrícolas vão para fora da região.
Lisboa, 19 de Janeiro de 1927.
(Texto
adaptado à grafia actual)
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses. |
Ligação para a página oficial do
município de São João da Madeira
• Município de
Águeda • Município de Albergaria-a-Velha • Município de Anadia •
Município de Arouca •
• Município de Aveiro • Município de Castelo de
Paiva •
Município de Espinho • Município de Estarreja •
• Município de Ílhavo •
Município da Mealhada • Município da Murtosa • Município de Oliveira
de Azeméis •
•
Município de Oliveira do Bairro • Município de Ovar • Município de
Santa Maria da Feira •
•
Município de São João da Madeira • Município de Sever do Vouga •
Município de Vagos •
• Município de Vale de Cambra •
Página
actualizada em
27-02-2022
Page updated on
27-02-2022
|
|
|