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Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
20/03/1935
Aprovado pelo Ministro do Interior em 23/03/1936
Portaria n.º
8391, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 68, 1.ª Série de
23/03/1936

Baseado no desenho original de João Ricardo Silva
Bandeira - De azul. Cordões e borlas de prata e de azul. Haste e lança douradas.*
*Informação gentilmente cedida pela Câmara Municipal da Golegã

Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 20 de Março de 1935.
A pedido da Câmara Municipal da Vila da Golegã, venho apresentar o parecer referente às suas Armas, bandeira e selo, começando por dizer que a obra mais antiga que conheço que faz referência às armas desta Vila, é da autoria de Ignacio Vilhena Barbosa e intitula-se “As Cidades e Villas da Monarchia Portugueza que teem brasão d’Armas” Lisboa – 1865.
Diz aqui que o seu brasão d’Armas consiste em um escudo verde, aludindo à fertilidade dos campos, e no meio dele uma figura de mulher com uma infusa na mão.
Esta figura deve apenas constituir a representação da terra e não da sua simbologia heráldica, porque então figurava a representação do Rio.
O facto de aparecer a infusa no braço da mulher, dá indício de querer referir-se à água, mas por uma alegoria diferente daquela adaptada pela heráldica, de longa data.
Os inventores das origens dos nomes das terras portuguesas criaram para a Golegã e para Aldeia Galega, hoje Montijo, a mesma lenda. Era uma galega que se estabeleceu em qualquer dos dois sítios com uma estalagem para serviço dos caminhantes. E assim, com esta ingénua história, até descobriram que a galega de Montijo se chamava Alda, o que deu Aldeia, ficando depois a terra a chamar-se Aldeia Galega.
Em Tondela também descobriram uma mulher que tocava trompa e do tom (som) dela, fizeram Tondela.
Enfim, são erros velhos, parecendo-me porém que se tem tratado de representações figurativas, e não de simbologia heráldica.
A Golegã é vila por carta de D. João III de 3 de Novembro de 1534, portanto já numa época má para a heráldica de domínio.
Já há muito que não existiam aquelas manifestações interessantíssimas de profundos conhecimentos de simbologia heráldica, como nos aparecem nas armas de domínio assumidas na primeira dinastia e também na segunda, até D. João II.
A Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, não aconselha a Câmara Municipal da Golegã a continuar a usar nas suas armas a figura alegórica da Vila representada por uma mulher com uma infusa no braço.
A região da Golegã, pela sua grande fertilidade, pelo seu valor agrícola e enfim, pelas suas circunstâncias especiais, deve assumir uma simbologia relativa à sua vida.
A Golegã e os seus afamados campos são banhados pelo Tejo que os inunda e os torna mais férteis. Quando estas inundações se dão, os meios de transporte ficam quase reduzidos a barcos.
Com estes elementos, propomos para a Golegã as seguintes Armas, bandeira e selo:
ARMAS – De prata com um ramo de quatro espigas de trigo de verde, atadas de vermelho em ponta. Em contra-chefe, três faixas ondadas de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres “Vila da Golegã” a negro. –
BANDEIRA – De azul. Cordões e borlas de prata e de azul. Haste e lança douradas. –
SELO – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres “Câmara Municipal da Golegã”.
A bandeira destinada a cortejos e cerimónias tem um metro quadrado e é bordada em seda.
As espigas de trigo representam a fertilidade local, a agricultura que tanto nome dá aos campos da Golegã. São de verde, esmalte que em heráldica significa esperança e fé.
As faixas ondadas de azul, conforme determina a heráldica, representam o rio Tejo. Este esmalte significa zelo, caridade e lealdade.
A prata do campo simboliza humildade e riqueza.
Como é a água do rio que torna férteis aqueles campos, a bandeira é de azul.
A coroa mural é a que está determinada para simbolizar as Vilas.
E assim ficam bem salientes as circunstâncias regionais e as qualidades apreciáveis dos seus naturais.
No caso da Câmara Municipal da Golegã concordar com este parecer deverá transcrever na acta a descrição das Armas, da bandeira e do selo, enviando uma cópia autenticada, acompanhada de desenhos rigorosos da bandeira e do selo ao Sr. Governador Civil, pedindo-lhe que remeta tudo à Direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior, para no caso do Sr. Ministro aprovar, ser publicada a respectiva portaria.
Lisboa, Março de 1935.
Affonso de Dornellas.
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
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20-02-2023

