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Ordenação heráldica do brasão e bandeira

Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 20/03/1935
Estabelecida pela Comissão Administrativa Municipal em 05/04/1935
Aprovado pelo Ministro do Interior em 06/04/1937
Portaria n.º 8679, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 84, 1.ª Série de 12/04/1937

Armas - De vermelho, com uma banda ondada de três peças, duas de prata e uma de azul, acompanhada por um cacho de uvas de ouro, folhado do mesmo, no canto do chefe, e por um molho de três espigas de milho, também de ouro, folhadas do mesmo e atadas de verde, no canto do contra-chefe. Brocante, ao centro, um escudete de azul, carregado de onze besantes de prata, três, dois, três, dois, um. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres "Vila de Arcos de Valdevez", a negro.

Brasão do Município de Arcos de Valdevez - Arcos de Valdevez municipal coat-of-arms

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Bandeira - De amarelo. Cordões e borlas de ouro e vermelho. Lança e haste douradas.

Bandeira e estandarte do Município de Arcos de Valdevez - Arcos de Valdevez municipal flag and banner

Bandeira (2x3)      Estandarte (1X1)

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Transcrição do parecer

Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 20 de Março de 1935.

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez enviou à Associação dos Arqueólogos Portugueses fotografias e mais elementos referentes à bandeira e armas que tem usado, dizendo não terem nada mais apresentável para poder responder à circular da Direcção Geral da Administração Política e Civil do Ministério do Interior, sobre a heráldica de domínio.

As armas que esta vila tem usado, são cópia da vinheta do foral novo dado pelo Rei D. Manuel I à mesma vila, vinheta que consiste nas armas nacionais, encimadas por coroa aberta, conforme usou o mesmo Rei e acompanhadas da esfera armilar, que era o seu emblema particular, e pela cruz de Cristo de que D. Manuel I era o Grão Mestre. Em todos os forais dados por este Rei, e foram uns centos, aparece a mesma vinheta.

As Armas de uma vila ou cidade, são ordenadas com elementos referentes à história regional e circunstâncias da vida da mesma povoação. As regras estabelecidas pelo Ministério do Interior não permitem que as Câmaras Municipais usem outras Armas que não sejam as que simbolizam a história local.

Como Arcos de Valdevez nunca teve Armas próprias, temos de analisar a sua história e a sua vida, para, em conformidade com as regras de heráldica, se ordenarem umas Armas próprias.

Já nas inquirições Afonsinas e num documento antigo da Rainha viúva de D. Afonso Henriques aparece o nome de “Lugar dos Arquos” como nos diz o Ilustre Arqueólogo e Académico Dr. Félix Alves Pereira no seu tão acertado artigo publicado no Anuário do Distrito de Viana do Castelo, Volume 1.º, 1932.

Está bem firmada na história da fundação da Nacionalidade, a lide de Valdevez, travada entre D. Afonso Henriques e seu primo Afonso VII de Castela e Leão, que ali foi desbaratado.

A fertilidade da vila dos Arcos e seu termo, é notável pela grande quantidade de vinho e cereais que produz.

O rio Vez, que corta a vila e lhe dá um pitoresco tão interessante, constitui uma das principais bases da riqueza local.

Enfim, há elementos históricos e regionais que nos dão óptimas razões para ordenar umas Armas próprias e, portanto, a bandeira e o selo.

Parece-me pois que as Armas, bandeira e selo da vila e concelho de Arcos de Valdevez devem ser constituídos pela seguinte forma:

– Armas – De vermelho, com uma banda ondada de três peças, duas de prata e uma de azul, acompanhada por um cacho de uvas de ouro, folhado do mesmo, no canto do chefe, e por um molho de três espigas de milho, também de ouro, folhadas do mesmo e atadas de verde, no canto do contra-chefe. Brocante, ao centro, um escudete de azul, carregado de onze besantes de prata, três, dois, três, dois, um. Coroa mural de prata de quatro torres.  Listel branco com os dizeres: “Vila de Arcos de Val-de-Vez” a negro.

– Bandeira – De amarelo. Cordões e borlas de ouro e vermelho. Lança e haste douradas.

– Selo – Circular, tendo ao centro as peças das Armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres “Câmara Municipal de Arcos de Val-de-Vez”.

A bandeira destinada a cerimónias e cortejos é de seda, bordada, e tem um metro quadrado de área.

Como as peças principais que marcam a riqueza local, são de ouro, a bandeira é amarela.

O vermelho do campo significa, heraldicamente, vitórias, ardis, guerras, força e vida.

O rio está representado conforme determina a heráldica, de prata e de azul. A prata significa humildade e riqueza; o azul significa caridade e lealdade.

As uvas e espigas de milho e seus folhados, são de ouro, por ser este metal o mais rico em heráldica e significa fidelidade, constância e poder.

A quina de Portugal, como foi usada por D. Afonso Henriques, representa, ao centro das Armas, a acção que na História está registada com o nome de lide de Val-de-Vez.

E assim fica a história e a vida local e as qualidades apreciáveis dos seus habitantes, definidas e simbolizadas nas Armas, da vila de Arcos de Val-de-Vez. – 

[Affonso de Dornellas.]

(Texto adaptado à grafia actual)

Fonte: Arquivo Municipal de Arcos de Valdevez, Livro de Actas da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, pp. 183-184v, Acta da sessão ordinária da Comissão Administrativa de 5 de Abril de 1935.

Informação gentilmente cedida pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez.

Ligação para a página oficial do município de Arcos de Valdevez

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Actualizada/Updated 20-02-2023

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