Orago - São João Baptista Área - 2.1 Km2

Elevação da sede da freguesia à categoria de vila pela Lei n.º 61/97 de 12/07/1997

Segunda ordenação heráldica do brasão e bandeira

Segundo o parecer da comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 08/07/1996

Nunca foi publicada no Diário da República, conforme o Capitulo 1, Artigo 4º, 2 e 3, da Lei n.º 53/91 de 7 de Agosto, ficando assim a legalização incompleta.

Armas - Escudo de vermelho, fonte repuxando água, acompanhada de doze torres em orla, tudo de prata. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco, com a legenda a negro: " VILA DE ALHANDRA ".

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Primeira ordenação heráldica do brasão e bandeira

Segundo o parecer da comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 28/12/1927

Armas - Escudo de vermelho, com uma fonte de prata repuxando água do mesmo metal. A fonte acompanhada doze torres também de prata, colocadas em orla. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco, com os dizeres: " VILA DE ALHANDRA ", de negro.

Brasão da antiga freguesia de Alhandra - Alhandra former civil parish, coat-of-arms

Baseado no desenho original de António Lima

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Bandeira - Esquartelada de vermelho e branco, cordões e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.

Bandeira e estandarte da antiga freguesia de Alhandra - Alhandra former civil parish, flag and banner

Bandeira (2x3)      Estandarte (1X1)

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Transcrição do parecer

Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 28 de Dezembro de 1927.

A antiga Vila de Alhandra deseja ter o seu estandarte conforme se vê pelo seguinte ofício:

Junta de Paróquia Civil de Alhandra – Ex.mo Sr. – Desejando a Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Alhandra mandar fazer o escudo, com as armas da vila, tomo a liberdade de pedir a V. Ex.ª o favor de nos darem as indicações precisas, sobre este assunto, fornecendo-nos os elementos para que possamos efectivar o nosso objectivo. – Com os nossos maiores e antecipados agradecimentos, desejamos a V. Ex.ª Saúde e Fraternidade. – O Presidente da Junta de Freguesia de Alhandra (a) Filipe Pinheiro. – Alhandra, 15 de Setembro de 1927. – Ao Ex.mo Sr. Presidente da Associação dos Arqueólogos.

Alhandra teve o seu foral dado pelo Bispo de Lisboa, D. Sueiro II, em Abril de 1203 conforme está registado a folhas 5 verso do Livro dos Forais Antigos de Leitura Nova, existentes na Torre do Tombo.

Como este foral fosse muito exigente, foi modificado em 11 de Janeiro de 1480 pelo Cardeal D. Jorge da Costa.

Como é bem conhecida a veneração que este Cardeal teve por Santa Catarina, talvez se possa atribuir a fundação sua, uma capela desta invocação que existiu em Alhandra e que depois de ampliada e transformada em Igreja em 1558 pelo Cardeal D. Henrique, foi a Matriz de Alhandra.

Como Vila, devia Alhandra ter o seu selo para autenticar os seus editais, mas naturalmente como sucedeu a tantas outras terras de Portugal, perdeu-se.

Rodrigo Mendes da Silva na sua obra «Poblacion General de España, sus trofeos, blasones, etc.», Madrid, 1645, referindo-se a Alhandra a folhas 166, não lhe indica armas certamente por já não serem conhecidas nessa época, pois foi notável a investigação deste heraldista sobre as Armas de Domínio de Portugal e Espanha.

Não aparece referência às suas Armas pelo menos naquelas obras impressas ou manuscritas que tratam de Heráldica de Domínio.

É pois necessário criar umas Armas para Alhandra em conformidade com a sua história e as suas tradições.

Procuremos esses elementos.

As célebres Linhas de Torres, onde tão acesa foi a guerra peninsular, tinham o seu início em Alhandra onde no seu distrito existiam trinta redutos que tão forte resistência deram durante a mesma guerra em defesa da Cidade de Lisboa.

Este caso notável, deve ter a sua representação nas Armas de Alhandra. Outro caso importante caracteriza a Vila de Alhandra desde a velha antiguidade.

Na Quinta do Paraíso, onde se tem repetido que nasceu Afonso de Albuquerque e seu Filho, facto que hoje é considerado bastante duvidoso, existe uma nascente d’água sulfurosa de corrente constante, muito afamada pelas suas propriedades curativas de males de pele. Ali há também uma piscina de pedra para uso das mesmas águas.

Procurando conhecer a significação da palavra Alhandra, encontro uma muito parecida que se vê que é a original e Alhandra a corrupção.

Alhama é a tradução árabe de banho, chamando-se alhama aos sítios onde nasciam águas medicinais.

Em Espanha existem as seguintes povoações com este nome:

- Alhama, cidade da província de Granada, notável pelas suas águas minerais classificadas de sulfatadas magnésicas. Foram tão notáveis estas águas no tempo dos árabes, que produziram 500.000 ducados anuais para o tesouro dos Califas.

- Alhama, cidade da província de Múrcia, notável pelo manancial de águas minerais classificadas de sulfatadas cálcicas, mesotermais e hipertermais.

- Alhama, vila da província de Saragoça, notável pelas suas águas minerais. Os Romanos chamavam a este local Aquoe Bilbilitanoe ou Aquoe Bilbilitanorum. Os árabes traduziram este nome por Alhama.

- Alhama la Seca, vila da província de Almeria, notável pelas suas águas minerais. Os árabes chamavam-lhe «Alhama Gaxaxar», conforme cita Edrisi, geógrafo árabe.

- Alhama Uexitan, hoje Alicun, na província de Almeria. A tradução de Alhama Uexitan, é Banhos Hueciganos, lugar também citado pelo referido Edrisi.

Há também rios com o mesmo nome de Alhama, que banhando várias terras abasteciam piscinas para banhos, como por exemplo o Rio Alhama da província de Sória; o Rio Alhama da província de Granada, etc.

Com o produto desta investigação, conjugado com o conhecimento da existência de águas sulfurosas em Alhandra, fico convencido de que a Alhandra é uma corrupção de ALHAMA.

Seja assim ou não, existem de facto as águas medicinais naquela Vila, portanto, tal caso, deve figurar nas suas Armas, principalmente depois de alvitrada, como agora fica, a suspeição de que foram essas águas que deram o nome à Vila.

Em face do exposto, propomos que as Armas da Vila de Alhandra, sejam as seguintes:

– De vermelho com uma fonte de prata repuxando água, do mesmo metal. A fonte acompanhada de doze torres também de prata, colocadas em orla. Coroa mural de quatro torres de prata.

Bandeira de vermelho e de branco por serem assim os esmaltes das Armas. Por debaixo das Armas uma fita branca com letras pretas. Cordões e borlas de vermelho e prata. Haste e lança de prata.

Proponho que o campo seja de vermelho, por ser a região de Alhandra um verdadeiro campo de lutas quando da Guerra Peninsular. Os trinta redutos ficam representados pelas doze torres de prata, sendo proposto esse metal, como do mesmo propomos que seja a fonte que representa as águas medicinais, por a prata em heráldica denotar vencimento e riqueza.

[Affonso de Dornellas.]

(Texto adaptado à grafia actual)

Fonte: DORNELLAS, Affonso de, «Alhandra», in Elucidário Nobiliarchico: Revista de História e de Arte, II Volume, Número V, Maio 1929, pp. 146-148.

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Antigas freguesias - Former civil parishes
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