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Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
07/05/1935
Aprovado pelo Ministro do Interior em 09/11/1935
Portaria n.º
8271, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 260, 1.ª Série de
09/11/1935
Armas - De vermelho, com uma águia de voo abatido de ouro, realçada de negro, bicada e sancada de negro. Em chefe, um sol de ouro e um crescente de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com os dizeres "Vila de Soure" de negro.

Bandeira - Esquartelada de amarelo e negro. Cordões e borlas de ouro e de negro. Haste e lança douradas.
Transcrição do parecer
[Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 7 de Maio de 1935.]
Desejando a Câmara Municipal de Soure que sejam estudadas as suas armas, bandeira e selo, foi deliberado elaborar o respectivo parecer.
A obra mais antiga que existe sobre as armas municipais, é da autoria de Rodrigo Mendes da Silva e chama-se “Poblacion General de España, sus trofeos, blasones, etc.” - Madrid, 1645.
Quando trata de Soure, não descreve os suas armas, o que aliás, faz supor que não as tinha ou não eram conhecidas nessa ocasião, pois este autor faz referência sempre que as povoações de que trata as tinham.
Refere-se porém ao seu famoso castelo, que pertencia à Ordem do Templo e depois à de Cristo, que foi fundado pelo conde D. Henrique, sendo da segunda vez levados os seus habitantes prisioneiros para Santarém, até que D. Afonso Henriques os libertou quando tomou esta praça mourisca.
Enfim sabemos que a história antiga de Soure foi muito brilhante.
Teve Soure o primeiro foral em 1111, dado pelo conde D. Henrique, tendo depois, em 1513, outro foral dado por D. Manuel I.
Os forais deste rei incluem todos, na primeira página, como vinheta, uma iluminura em que figuram as armas reais acompanhadas pela esfera armilar e pela Cruz de Cristo. Em muitas terras de Portugal julgou-se que deviam ser assim as armas municipais, quando não passavam das armas do Rei, do emblema particular de D. Manuel I que é a esfera, e da Cruz de Cristo, por este Rei ser Grão-Mestre desta Ordem.
Soure foi das que juntou às suas antigas armas os emblemas que viu no foral, tendo colocado as armas sobre o peito da águia que já simbolizava a vila, deslocando-lhe a coroa para encimar a cabeça da águia.
Soure teve com certeza as suas armas antigas em vista da sua grande importância no início da fundação da nacionalidade.
O facto de aparecerem nas suas armas um crescente e uma estrela que primitivamente deve ter sido um Sol, demonstram que são armas adoptadas durante a primeira dinastia. Há opinião que a águia é um símbolo do tempo dos romanos, o que me parece engano. A águia que se vê nas armas de Soure deve ser adoptada com o intuito de tornar as armas falantes, colocando-lhe um açor.
Portanto, sou de opinião que das armas de Soure deve desaparecer a cópia da vinheta do foral de D. Manuel I ficando somente a águia ou açor, o Sol e a Lua, tal como primitivamente deviam ter sido ordenadas.
Nesta conformidade, proponho que as armas sejam assim ordenadas:
Armas – De vermelho, com uma águia de voo abatido de ouro, realçado de negro, bicada e sangrada de negro. Em chefe, um Sol de ouro e um crescente de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila de Soure» de negro.
Bandeira – Esquartelada de amarelo e negro. Cordões e borlas de ouro e de negro. Haste e lança douradas.
Como a peça principal das armas, a águia, é de ouro e de negro, a bandeira é de amarelo (que corresponde ao ouro) e de negro.
Quando destinada a cerimónias e cortejos, é de seda bordada e deve ter a área de um metro quadrado.
O vermelho do campo significa, heraldicamente, vitórias, guerras e ardis.
O ouro da águia e do Sol significa nobreza, fidelidade, poder e liberdade.
O negro do bicado, sancado e realçado, simboliza a terra e significa firmeza e honestidade.
A prata do crescente significa humildade e riqueza.
Com estas peças e estes esmaltes, ficam bem salientadas a história local e a índole dos seus naturais.
Selo – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação de esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos os dizeres «Câmara Municipal de Soure».
[Affonso de Dornellas.]
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: CONCEIÇÃO, Augusto Santos, Soure: A Terra Abençoada da Pátria, Edição do Autor, Coimbra, 1942, pp. 110-111.
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