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Freguesias - Civil parishes
• Glória do Ribatejo e Granho • Marinhais • Muge • Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra •
Segunda ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
27/06/2006
Estabelecida em reunião de Assembleia Municipal, em 28/09/2006
Publicada no
Diário da República n.º 233, 2.ª Série Parte Especial, de
05/12/2006
Alteração à legenda do listel
Armas - De azul com um touro possante de ouro. Em chefe um cacho de uvas de púrpura folhado de ouro, acompanhado de dois molhos de três espigas cada, um do mesmo metal. Coroa de prata de quatro torres. Por debaixo uma fita branca com os dizeres: "Município de Salvaterra de Magos", de negro.

Bandeira - Esquartelada de azul e amarelo. Cordões e borlas de ouro e de azul. Haste e lança douradas.
Primeira ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Secção de Heráldica e Genealogia da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 28/12/1927
Estabelecida pela Comissão Administrativa Municipal em
28/02/1936
Aprovado pelo Ministro do Interior em
25/03/1936
Portaria n.º 8393, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 70, 1.ª Série de
25/03/1936
Armas - De azul com um touro possante de ouro. Em chefe um cacho de uvas de púrpura folhado de ouro, acompanhado de dois molhos de três espigas cada, um do mesmo metal. Coroa de prata de quatro torres. Por debaixo uma fita branca com os dizeres: "Vila de Salvaterra de Magos", de negro.

Bandeira - Esquartelada de azul e amarelo. Cordões e borlas de ouro e de azul. Haste e lança douradas.
Informação gentilmente cedida pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Secção de Heráldica e Genealogia da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovada em sessão de 28 de Dezembro de 1927.
Por ter sido procurado pessoalmente em Julho de 1926 pelo sr. António de Sousa Vinagre, então Presidente da Câmara, para estudar umas armas para Salvaterra de Magos, não quis dar a minha opinião sem a apresentar à apreciação da secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos.
A antiga Vila de Salvaterra de Magos, teve o primeiro foral a que se não sabe a data, dado pelo de Santarém, conforme o maço 3, sob n.º 5, dos Forais antigos existentes na Torre do Tombo. Teve segundo Foral datado de Coimbra de 1 de Junho de 1295, registado a folhas 104 do Livro lI das Doações do Rei D. Dinis e teve por fim Foral novo dado em Lisboa em 20 de Agosto de 1517, registado a folhas 108 verso do Livro dos Forais novos do Alentejo existente na Torre do Tombo onde também está a minuta para este último Foral sob N.º 31 do Maço 12 na Gaveta N.º 20.
Além deste cuidado que mereceu na antiguidade, é notável a protecção que esta Vila sempre teve do poder central, havendo ali Palácio Real e indo ali os Reis de Portugal efectuar caçadas e touradas, sendo célebres principalmente as touradas Reais que ali houve.
Não se conhece em Salvaterra a existência das armas locais, não constando, sobre este assunto, qualquer referência nas obras de Heráldica de domínio.
Deseja a Câmara Municipal criar o seu selo e portanto as suas armas e o seu estandarte, manifestação muito louvável e que vou tentar satisfazer colhendo para isso os elementos necessários.
No arquivo da Câmara Municipal de Lisboa, no processo referente à tentativa que a mesma Câmara fez de organizar uma obra sobre as armas de domínio das Cidades e das Vilas Portuguesas encontrei o seguinte ofício:
– SALVATERRA DE MAGOS. – Ex.mo Sr. Ayres de Sá Nogueira. – Em resposta ao ofício de V. Ex.ª de 25 de Setembro último, em que V. Ex.ª para entrar na Colecção dos Brasões de Armas de todas as municipalidades do Reino, e Províncias ultramarinas me encarrega da história das que pertencem à Câmara da Vila de Salvaterra de Magos, a que tenho a honra de presidir, e das alterações, que pelo andar dos tempos nelas tenha havido, e porque motivos; tenho primeiro de agradecer a V. Ex.ª as honrosas expressões com que me trata, tenho em seguida de dizer a V. Ex.ª que recorrendo à história da ereção de Salvaterra de Magos em Vila com sua Câmara, e que a V. Ex.ª pela sua bem conhecida literatura será presente, não encontro, nem mesmo no seu Cartório documentos alguns; por onde se mostre que tenha; ou em qualquer outro tempo tivesse um brasão de Armas. – Fora Salvaterra de Magos erecta em Vila com a sua Câmara pelo Senhor Rei D. Diniz dando-lhe um foral, que depois fora reformado pelo Senhor Rei D. Manuel; passando esta Vila depois pelo andar dos tempos a ser doada de juro e herdade aos Condes de Atalaia; sendo o seu último donatário no Reinado do Senhor D. João Terceiro, D. Fradique Manoel, com quem este Senhor Rei fizera uma Sub-rogação ficando com propriedade da Vila de Salvaterra de Magos, e dando aos Condes de Atalaia as terras de Benfica, Vila da Asseiceira e outras no Algarve; porém em nenhuma de qualquer das sobreditas épocas consta por documento ou tradição; que a Câmara de Salvaterra de Magos fosse dado um brasão de Armas. – É o que tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Ex.ª para o que convier; aproveitando esta ocasião para tributar a V. Ex.ª os meus respeitos, de ter a honra de me assinar de V. Ex.ª Mt.º At.º Vnr. – O Presidente da Câmara; – (a) António Joaquim Peixoto da Fonseca: – Salvaterra, 24 de Setembro de 1855. –
Em Salvaterra houve um Paul denominado de Magos, que foi mandado abrir pelo Rei D. João IV, e que entrou no nome da terra.
A grande riqueza de Salvaterra é a criação de gados principalmente de toiros.
É curioso o facto de haver em Espanha várias povoações com este nome e até com velhas tradições de criadoras de gados.
Vejamos:
– Salvatierra, província de Alava. A razão principal da sua existência é a criação de gados.
– Salvatierra de los Barros, província de Badajoz. Criação de gados.
– Salvatierra de Santiago, província de Cáceres. Criação de gados.
Outras povoações existem em Espanha com o nome de Salvatierra, sem porém terem indicação de que ali exista criação de gados, pelo menos no Dicionário Enciclopédico Hispano – Americano, Barcelona, 1896.
No Petit Dictionnaire complet des communes, Paris, 1917, encontro referência a onze povoações com o nome de Souveterre. Este Dicionário é apenas indicativo da situação de cada povoação, não sendo descritivo.
Entre as povoações francesas referidas, saliento a de Sauveterre nos Baixos Pirenéus, próximo de Orthez, que para completar esta interessantíssima coincidência de haver criação de gado nas terras de nome Salvaterra, tem por Armas – De vermelho, um touro de ouro e em chefe uma cruz solta de prata. –
Encontro estas armas no Armorial National des Villes de France por J. Van Driesten, Paris 1889.
Será acaso? Não o julgo pelas seguintes razões.
Evidentemente que os habitantes de Sauveterre nos Baixos Pirenéus são criadores de gado, e, naturalmente alguma colónia daquela região veio habitar para junto do Paul de Magos, iniciando ali o modo de vida que tinham no país de origem e assim temos que em Salvaterra de Magos há criação de gados desde velhos tempos. Não será uma hipótese para desprezar sabendo-se como se sabe que a primeira dinastia, querendo rapidamente ampliar a população, deu terras a todos os estrangeiros que se apresentassem, vindo centos de pessoas de França, fugindo aos rigores do feudalismo a gozar das amplas liberdades que aqui lhe eram oferecidas.
Não necessitamos porém de alegar afinidades entre Sauveterre dos Baixos Pirenéus, com a nossa Salvaterra de Magos, basta saber-se que Salvaterra foi desde séculos, um centro de criação de touros.
A agricultura é também uma das grandes riquezas de Salvaterra, tendo tal importância que deve figurar nas suas armas.
Em face pois do que deixo exposto, proponho que as armas de Salvaterra de Magos sejam assim constituídas:
– De azul com um touro passante de ouro, Em chefe um cacho de uvas de púrpura folhado de ouro, acompanhado de dois molhos de três espigas cada um, do mesmo metal.
Coroa de prata de 4 torres. Bandeira esquartelada de azul e amarelo. Por debaixo das armas uma fita branca com letras pretas. –
Proponho o azul para o Campo das armas, por ser o esmalte que mais se coaduna com a história local onde a lealdade sempre existiu e o azul em heráldica representa a lealdade.
Proponho que sejam de ouro as peças que compõem as mesmas armas, porque este metal em heráldica representa poder, liberalidade, nobreza e constância.
[Affonso de Dornellas.]
(Texto
adaptado à grafia actual)
Fonte: DORNELLAS, Affonso de, «Salvaterra de Magos», in Elucidário Nobiliarchico: Revista de História e de Arte, I Volume, Número XI, Lisboa, Novembro 1928, pp. 327-328.
Ligação para a página oficial do município de Salvaterra de Magos
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